#001 - THE LAST TIME

18:41:00

via @ Pinterest


Hi guys (:
E esta é a primeira história que quero compartilhar com vocês. Vou mandar logo a real: é uma fanfic. E é de Harry Potter. Escrevi esta fanfic há alguns anos atrás, e eu gostei tanto dela, mas tanto, que sempre que penso em mostrar alguma história minha, ela é a primeira que me vem à cabeça.
Se você não gosta de fanfic, fique calmo, não é o tipo de história que quero postar aqui. Mas, como eu disse, The Last Time tem algo especial comigo, e precisava ser ela quem iria "abrir" o blog.
Espero que todos gostem!




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Era o primeiro Dia das Bruxas de Harry, e nós não poderíamos sair com ele para aproveitar. Devo confessar que isso aborrecia demais a James, até a mim, mas não poderíamos simplesmente arriscar nossa segurança e a de nosso filho para passearmos um pouco. Isso deixava James totalmente entediado, eu podia ver nos olhos dele que meu marido não estava mais suportando. Mais de uma vez eu lhe disse para usar sua forma animaga e ir visitar Sirius, mas ele se recusava a me deixar sozinha em casa apenas com Harry.

Eu estava na cozinha, preparando um pequeno jantar de Dia das Bruxas para meus dois garotos. Eles brincavam na sala e eu podia ouvi-los claramente dando risadas.

– Lily! Veja Lily! Ele disse “Papai”. – James apareceu na cozinha, segurando um garotinho risonho de cabelos escuros e arrepiados, iguais aos dele, no colo – Eu disse que esta seria sua primeira palavra. Fale de novo Harry, fale pra mamãe ver.

Contudo, o garotinho apenas gargalhou mais alto enquanto colocava as mãozinhas no rosto do pai. Eu coloquei minhas mãos na cintura e encarei James, com uma sobrancelha arqueada.

– James. Ele não disse nada. – eu balancei a cabeça negativamente para ele, sustentando um sorrisinho no canto dos lábios.
– Bem, ele disse alguma coisa parecida com “Papai”. – ele deu de ombros e eu gargalhei – Precisa de ajuda aqui, meu bem?
– Eu já terminei, querido. Mas pode colocar a mesa enquanto eu troco a fralda dessa coisinha fofa. – eu dizia enquanto fazia caretas e apertava as bochechas do meu filho.

James me entregou o garoto e eu o segurei forte. Harry era a coisa mais preciosa no mundo para mim. Ele e James, para dizer a verdade. Os dois homens mais importantes da minha vida. E eu os amava com todas as minhas forças.

Subi para o quarto de meu pequeno, troquei-lhe as fraldas e tentei pentear seus cabelos mais uma vez, contudo, ele havia puxado demais ao pai e o máximo que eu conseguia fazer era deixa-los assentados por um curto espaço de tempo, pois logo eles voltavam a ficar arrepiados. Peguei Harry no colo novamente e mordi sua bochecha. O garotinho me encarou sorridente, os olhos, tão verdes quanto os meus, brilhando.

E subitamente, senti algo pesar em meu peito. Eu fechei meus olhos com a dor e várias imagens tomaram minha mente. Lembranças, para ser exata. Eu me vi com nove anos novamente, brincando de boneca com minha irmã. Eu tinha doze, estava em Hogwarts, sentada com os pés no Lago Negro e olhando o céu enquanto Severus lia um livro para mim. Aos quinze, eu me vi defendendo meu melhor amigo enquanto ele me chamava de Sangue Ruim. Meu peito doeu novamente, o que era isso, Lily Potter? Alguma sessão de nostalgia ou o quê?

Harry não estava mais rindo, estava ocupado demais brincando com as pontas de meu cabelo. Eu encarei meu menino, beijei-lhe a testa e tratei de descer rapidamente para a cozinha.

Encontrei James acendendo duas velas sobre a mesa. Eu sorria enquanto me aproximava dele, sem que ele percebesse.

– Velas? Não sabia que teríamos velas. – meu marido me encarou, assustado, como se não me esperasse ali.
– Oras, não posso mais te surpreender só porque estamos casados? – ele fez um biquinho e balançou a cabeça me repreendendo.
– James, você sempre consegue me surpreender. – eu lhe dei um carinhoso selinho e coloquei Harry sentado em sua cadeirinha.

Servi a nós dois, uma pequena e simples ceia, apenas para comemorar a data. Ao final do jantar, entreguei um pirulito para Harry, mas meu garoto deve tê-lo confundindo com um chocalho, pois começou a balançá-lo em todas as direções e bater com ele na mesinha.

– James, controle seu filho! – eu disse quando um pedaço de pirulito passou voando perto de meu rosto.
– Ah, agora ele é apenas meu filho? – James protegia a cabeça também, tentando não rir.
– É sim. Quando ele se comporta como um Maroto, é sim. – eu pude ver os olhos de James brilharem com a ideia. Ele nem sempre comentava isso comigo, mas eu sabia o orgulho que ele tinha de seu menino. Via em seus olhos todo o futuro que ele planejava para o pequeno garotinho. Apanhador do time da Grifinória. O aluno mais baderneiro e mais inteligente de sua casa. Um grupo de amigos tão fiéis quanto os que ele teve. E tenho certeza, tão galinha quanto o pai. Se Harry fosse tudo isso, James explodiria de felicidade e orgulho.
– Tudo bem, tudo bem. Eu controlo a ferinha. – corajosamente, James levantou-se e pegou a criança no colo, tentando arrancar-lhe o pirulito quebrado das mãozinhas dele. – Dá pro papai, dá Harry. – mas o garoto insistia e agarrava-se com mais força ao cabinho. James apanhou sua varinha sobre a mesa e a apontou para frente do garoto. – Olhe Harry. – e uma baforada de fumaça laranja saiu da ponta de sua varinha.

Harry gargalhou e bateu palminhas, o que o fez soltar o resto do pirulito. Sua nova diversão era tentar pegar a fumaça colorida. James sorriu vitorioso e convencido para mim, o mesmo sorriso que ele me dava há mais de sete anos.

– Oh, que esperteza a sua. – eu ironizei e James deu uma gostosa gargalhada. – Agora, leve essa ferinha para a sala enquanto eu termino de arrumar a cozinha. – James concordou com a cabeça e saiu para a sala, divertindo nosso filho.

Juntei toda a louça na pia e deixei a água correr sobre elas, até que uma sombra rápida passando pela janela da cozinha me chamou a atenção. Peguei rapidamente minha varinha, talvez não fosse nada, então decidi não alertar James. Nosso gato ainda não havia aparecido, poderia ter sido ele o dono do vulto. Antes que eu afastasse as cortinas da janela, o vulto passou novamente por ali, e eu pude ver sua forma. Um grande morcego. Agora ele estava pousado sobre um cabo de vassoura encostado no muro de nossa casa. Contudo, não era um morcego comum, havia algo nele que me lembrava alguém. O morcego soltou um chiado estranho, como se estivesse me chamando. Eu segurei mais fortemente minha varinha e saí para o quintal dos fundos, onde o morcego estava.

Assim que ele me viu, saltou do cabo de vassoura e abriu as asas, mas antes que ele pudesse alçar voo, transformou-se em um homem. Um homem alto, magrelo, a pele pálida, os cabelos cumpridos tocando as bochechas, escuros e oleosos. Uma expressão de preocupação e cansaço assombrava o rosto de Severus Snape.

– Mas o que... – Eu não me dei ao luxo de terminar minha fala. Ao invés disso, apontei minha varinha para Severus, ameaçadoramente – O que você veio fazer aqui?

O homem jogou a varinha no chão, levantando as mãos em sinal de paz, as palmas voltadas para mim.

– Lily. Abaixe a varinha. – ele pediu, de uma forma tão gentil que eu estava duvidando que fosse ele de verdade.
– Você quis dizer Potter. – Severus encolheu os ombros ao ouvir meu novo sobrenome, como se estivesse sentindo dor.
– Lily. – ele reforçou meu nome – Abaixe a varinha. Por favor. – eu respirei mais fundo, pronta para lançar um feitiço nele. – Eu vim apenas conversar, pegue minha varinha se quiser. – ele a chutou com o pé e a varinha veio rolando até meus pés.

Eu não sabia o que fazer. Severus parecia tão assustado, tão preocupado, frágil sem sua varinha que jazia aos meus pés. Talvez estivesse dizendo a verdade. Talvez quisesse apenas conversar. E para todos os efeitos, eu sabia que poderia acabar com ele sozinha. Sem desviar os olhos do homem, apontei a varinha para a porta atrás de mim e murmurei um “Abaffiato”. Se Severus queria apenas conversar, não seria legal James aparecer subitamente ali no quintal.

– O que você quer? – tentei usar o tom mais frio que eu conseguisse.
– Lily, você está em perigo! – Severus mexia em seus cabelos descontroladamente, exatamente como fazia quando estava angustiado.
– Se veio até aqui apenas para me dizer isso, perdeu seu tempo.
– Não! Você precisa me ouvir! – ele se aproximou e eu dei dois passos para trás, levantando minha varinha novamente – Não! Você precisa vir comigo. Não está segura Lily. Não quero que nada lhe...
– Ir com você? Para você me entregar de bandeja para seu Lord? Andou bebendo, Snape? – novamente, Severus encolheu os ombros. Jogou as mãos para o alto e deixou-as cair sobre sua cabeça, puxando angustiadamente os fios oleosos para baixo. Havia algo que ele queria me dizer, mas não conseguia.
– Lily, por favor! Venha comigo, não irei te entregar para o Lord.
– Está vendo? Você ainda o chama de “Lord” – eu ironizei, olhando-o com repugnância – Como quer que eu acredite em você?
– É apenas hábito Lily, mas... – ele deu um tapa na própria testa, impacientemente. Começou a andar de um lado para o outro, tentando se aproximar de mim – Por favor Lily, você precisa confiar em mim. Eu quero te colocar em segurança, uma segurança que o Potter não pode lhe oferecer!
– Enlouqueceu, Snape? James é meu marido, apenas ele pode me manter segura.
– Está agindo como uma estúpida. Lily!
Potter! – eu rosnei para ele.
– Há alguns anos atrás, quando o Potter te chamava assim, você o azarava.
– Há alguns anos atrás, James não era o homem que é hoje.
– Então ele não mudou muita coisa. – Severus revirou os olhos e eu lancei um feitiço, mas ele desviou.
– Você vem até a minha casa. Tenta me levar para o seu Lord. E ainda insulta o meu marido? – eu disse pausadamente, tentando controlar a raiva dentro de mim.
– Eu não quero leva-la para ele, Lily! – eu percebi que ele forçou a palavra “ele”, como se estivesse tentando me provar algo.
– Então vá embora! Está perdendo seu tempo aqui! Deve ter muitas famílias trouxas para destruir, Snape. Vá fazer seu trabalho sujo e me deixe em paz!

Severus caminhou até uma parede e a socou. Logo em seguida, ele caminhou com passos pesados e longos até mim, não tive nem tempo de levantar a varinha novamente e ele já estava quase em cima de mim. Estranhamente, Severus havia crescido mais um tanto. Agora, tão perto, eu podia ver claramente grandes olheiras arroxeadas destacando-se em seu rosto de pele pálida. Por um momento, tive a impressão de que seus olhos estavam molhados.

– Lily. – ele murmurou – Por todos os anos em que fomos amigos. Por tudo o que já passamos juntos. Venha comigo. Deixe-me salvá-la. – ele levou uma das mãos até meu rosto, acariciando-o levemente.

Mas, o que ele estava fazendo? Eu era uma mulher casada, já era mãe!
Eu o empurrei com força, fazendo-o cambalear para trás. Abaixei-me rapidamente e peguei sua varinha, atirando-a para ele.

– Quero que vá embora e leve toda a sua falsa proteção com você. E nunca, nunca mais ouse colocar os pés em minha casa. – eu lhe dei as costas, entrando com sutileza em minha casa.

Quando passei perto da janela, pude ver um enorme morcego voar para longe, produzindo alguns sons angustiados.
Eu me apoiei na pia, deixando a cabeça cair um pouco e relaxando os ombros. Ele era impossível! Depois de anos! Depois de ter colocado a vida de minha família em perigo! Depois de ter colocado a minha vida em perigo! Severus Snape era o homem mais... Mais... Idiota que eu conhecia!

– Calma Lily. Ele foi embora. Já se foi. – eu murmurei para mim mesma, arrumando alguns fios de cabelo para trás de minha orelha e respirando fundo. – Eu deixo essa louça para amanhã. – eu joguei a esponja que havia pego sobre os pratos e me dirigi para a sala.

James ainda brincava com Harry, produzindo fumaça com a varinha. A criança gargalhava, totalmente entretida com a brincadeira. Era uma cena linda, a única coisa que poderia devolver meu humor e me acalmar novamente. Eu sorri de canto e só então olhei para o relógio da sala.

– Muito bem crianças, é hora do menorzinho dormir. – eu finalmente me pronunciei, desencostando-me do batente da porta e gesticulando para que James me entregasse nosso filho.
– Ah Lily, é dia das Bruxas, deixe o pequeno brincar mais um pouco. – James forjou a cara de cão abandonado que Sirius sempre fazia, o que quase me forçou a rir.
– Quer que Harry brinque ou que você brinque? Não entendi. – eu segurei meu queixo, fingindo pensar.
– Tudo bem, tudo bem. Pode leva-lo para cima, mas depois, eu quero continuar brincando. – James sorriu e piscou marotamente para mim. Eu disse, meu marido não mudara muita coisa de sua personalidade marota.
– Grrr – eu rosnei para ele, o que o fez rir – Podemos negociar isso depois. – eu pisquei para ele, mordendo meu lábio em seguida – Agora, me entregue a criança.

Certamente, quando Harry crescesse, ele não iria gostar de saber que foi usado como um objeto de troca daquela forma. A criança em troca de sexo. É, certamente ele não iria gostar nada de saber disso. James entregou-me o menino, que esticou os braços convidativamente para mim. Eu o abracei e mandei um beijo no ar para James, e então, comecei a subir as escadas.

Enquanto eu caminhava para o quarto de meu filho, senti aquele peso em meu peito novamente, contudo, algo agora me incomodava mais. A visita de Severus, o desespero dele para me salvar, como se eu não estivesse segura, como se o Fidelius não fosse o suficiente. Eu já estava segurando a maçaneta da porta de Harry quando houve um estalo em minha mente.
Estávamos sob a proteção do Fidelius. Snape não sabia o segredo, ele não deveria ter conseguido entrar em minha casa. Estávamos protegidos, ao menos, era o que nós achávamos. Eu encarei os olhos verdes de meu filho, completamente apavorada, havia algo preso em minha garganta que eu não conseguia dizer, talvez por não acreditar, mas isso também me impedia de me mover. Por fim, eu consegui engolir todo o meu pavor.

– Fomos traídos! – foi tudo o que consegui dizer, ainda que em um sussurro muito agudo e baixo ao mesmo tempo, quase choroso. Estávamos em perigo e Snape tentara me avisar disso – James! – eu disse mais alto, mas antes que eu pudesse descer as escadas, algo no andar de baixo explodiu.

Estávamos perdidos.

– Lily, pegue o Harry e vá! É ele! Vá! Corra! Eu o atraso... – eu ouvia James gritando e as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Ele havia dito “Eu o atraso”, não disse que iria sair vivo para encontrar-se comigo depois.

Eu paralisei no meio da escada, Harry ainda brincava com as pontas de meu cabelo, totalmente indiferente com o que estava acontecendo.

– AVADA KEDAVRA!
– NÃO! – eu gritei.

Mas era tarde. Eu pude ver a luz verde que havia inundado o andar de baixo atravessar o portal da sala. Pude sentir o baque do corpo de meu marido no chão, como se ele tivesse sido jogado aos meus pés como um velho boneco de pano. Pude ver uma mão com uma aliança dourada estirar-se para o portal entre o pé da escada e a sala.

– NÃO! – eu gritei novamente, as lágrimas quentes escorrendo desesperadamente pelo meu rosto. Tudo o que me restava agora era Harry, eu precisava salvá-lo!

Obriguei meus pés a me levarem para cima novamente, abri a porta do quarto de meu menino bruscamente, fechando-a logo que eu a atravessei. Coloquei meu menino no berço e arrastei todas as caixas que encontrei para a porta, mas sabia que era inútil, contudo, não podia desistir facilmente, entregar meu filho em uma bandeja de prata para Voldemort.

Corri para Harry novamente, pegando-o no colo firmemente, abraçando-o com força e molhando todo o seu pijaminha azul com minhas lágrimas. Eu era uma tola! Havia deixado minha varinha na cozinha! Quando encarei Severus, ele estava desarmado e eu mantive minha varinha apontada para ele o tempo todo, enquanto ele queria simplesmente me ajudar. Ironicamente, agora eu estava desarmada, ouvindo os passos lentos e torturantes de Voldemort subirem pela minha escada, medindo o tempo que eu teria. James não podia ter morrido, eu me recusava a acreditar. A qualquer momento, ele iria aparatar ao meu lado, a varinha em punhos, para salvar sua família. A qualquer momento.

E então a porta do quarto explodiu e toda a inútil barreira de proteção que eu havia feito foi lançada pelos ares. Eu gritei e coloquei meu filho no berço, ele não iria se machucar, eu não iria permitir isso!
Eu me coloquei à sua frente, abrindo meus braços para impedir que Voldemort o ameaçasse.

– O Harry não, o Harry não, por favor, o Harry não! – eu gaguejava, implorando entre as lágrimas. Ele já havia me tirado o marido, não iria tirar-me o filho também.
– Afaste-se, sua tola... Afaste-se agora... – seu tom irônico me irritava ainda mais, contudo, eu não conseguia parar de chorar.
– Harry não, por favor, não, me leve, me mate no lugar dele...
– Este é o meu último aviso...
– Harry não! – eu falei decidida, mas no momento seguinte, eu fraquejei. James não iria aparecer para me salvar, ninguém iria aparecer para me salvar. Nem mesmo Severus. – Por favor... Tenha piedade... Tenha piedade... – era ridículo o que eu estava pedindo, mas as lágrimas, além de me afogarem, não me deixavam pensar – Harry não! Harry não! Por favor... Farei qualquer coisa...
– Afaste-se... Afaste-se, garota...

Ele apontou a varinha de forma mais ameaçadora para mim e eu fechei meus olhos, mantendo minha posição firme, escondendo Harry atrás de mim. As coisas começaram a desacelerar ao meu redor, mas na escuridão de meus olhos fechados, eu via tudo, tudo o que eu havia feito passar em uma fração de segundos por eles. Era rápido demais, mas eu podia ver cada um dos momentos detalhadamente. Cada sorriso, cada grito, cada lágrima e abraço. Eu via tudo.
Eu tinha nove anos novamente. Brincava em um balanço com minha irmã Petúnia. Eu tinha dez anos. Conversava amigavelmente com Severus, vendo o sol se por sobre o telhado da casa dele. Eu tinha doze anos. James me irritava durante uma aula de Poções. Eu tinha quinze anos. Via Severus ser colocado de cabeça para baixo por James Potter e tentei defende-lo, mas ele me ofendeu, no mesmo momento, James me convidou para sair pela primeira vez e eu recusei. Eu ainda tinha quinze anos e me recusava a aceitar as desculpas de meu melhor amigo, enquanto o via transformar-se em um homem mais fechado, cruel e frio. Eu tinha dezessete anos. Havia acabado de receber a notícia da morte de meus pais. Estava perdida, chorando na Floresta Proibida quando um cervo apareceu, batendo seu focinho delicadamente em meu rosto. Eu tinha vinte anos e era o dia de meu casamento com James. Agora eu segurava um garotinho de cabelos negros arrepiados e olhos verdes no colo, enquanto James fazia caretas para ele. Era Dia das Bruxas. O primeiro Dia das Bruxas de Harry. E ao longe, muito longe, uma memória distante, eu ouvia as gargalhadas de meu filho e de meu marido.



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Espero que tenham gostado. Deixem suas opiniões nos comentários, quero saber o que vocês pensam (:
Beijos e até a próxima õ/

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